quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Contos do Duque I



Ele acordou cedo e preparou o café.
Sentou-se na mesa e percebeu que havia um urso de vestido ao seu lado;
Cantando e falando dos dias da primavera.
E no centro da sala rei montavam boi no lugar de cavalos.
Se enfrentando, com estacadas e empurrões;
Gritando palavras rudes e indo de um dos reis que jazia morto no chão.
Donzelas tomavam chá na outra extremidade da sala;
Com seus belos corpos nus;
Rindo e gracejando com os cavalheiros ao seu redor;
Boquiabertos pela extrema beleza das mulheres.
Enquanto observava tudo aqui na sua sala;
O jovem rapaz ficou extasiado com tudo aquilo.
Ao mesmo tempo em que seu café esfriava e amargurava de vergonha.

domingo, 28 de agosto de 2011

Desconhecido

Todos esperam algo de você;
Sem perceber, nem conhecer;
O que há dentro de você.
Não se pode mudar;
O que já não pode conhecer;
Tão pouco rejuvenescer.
Pois o tempo não espera por ninguém.
E porque esperaria por mim;
Ou por você?
Não se pode vencer;
O invencível.
Mas também não é permitido desistir.
Nem amanha, nem nunca.
Só nos resta tentar,
Só nos resta viver.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Amanhã

A vida é tão curta;
Mas a tanto a se fazer,
Porque deixar para ser feliz amanhã?
Amanhã…
Pode não haver um amanha;
Porém o hoje, o agora, existe.
Para que perder tempo?
Vamos aproveitar o dia;
Enquanto ainda há dia.
Amanhã…
O amanhã é uma incerteza…
Talvez a maior incerteza.
Amanhã…
O que é o amanha;
Se não a esperança de um novo amanhã?
A manha é bela, aproveite enquanto ela dura.
Viva o hoje,
Pois o amanhã pode não existir.
Amanhã...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Atemporal


   Os grandes poetas, românticos, compositores e músicos estão mortos, com poucas exceções nesse aspecto. Sou um ser perdido no tempo e no espaço, um ser atemporal. Sinto saudades de um tempo que não vivi ,um infortúnio realmente. Preso em um tempo que não me agrada, tempos que o ouro vale mais que a vida, talvez esse seja realmente o fim de todos os tempos.
    Agora o que me resta é me embriagar com sonhos e álcool, até que eu não seja mais eu, e sim apenas reflexo de desejo, êxtase e prazer de épocas passadas. Outrora eu tire esperança, porém ela desvaneceu pelos entre meus dedos como areia. Pois não sei como viver em um tempo onde não existo de fato.
    Viverei no presente, pensando no futuro e com costumes do passado distante, assim poderei viver em todos esses tempos, já que não pertenço a nenhum. Mas ainda me afogo em um mar de melancolia.

domingo, 15 de maio de 2011

O Sonhador

   
    O Sr.Sonho está preso em um mundo que não entendi por laços que tão pouco compreende. Como um alienígena num corpo humano, anda pela rua vendo coisas que não estão lá, não porque ele seja louco, mas sim porque ele ver o mundo como deveria ser aos seus olhos.
   Com sua bengala e seu chapéu cinza, ele anda pela cidade num dia de chuva, ouvindo o barulho do da bengala no chão, “tolo, tolo, tolo”, mas ele não se importa, pois está ocupado sonhando em salvar o mundo de sua pobre e miserável situação e rindo de se mesmo, com sua imaginação e uma dimensão paralela que apenas ele conhece.
    Ao ver um pássaro ele se imagina voando ao seu lado, pelo céu azul, longe dos problemas daquela terra que tanto lhe incomodam. Já velho e cansado, poucos acreditam em suas expectativas, mas ele é sábio e nunca vai deixar de sonhar. E pensa que ao morrer ele irar volta para onde realmente pertence, um mundo onde ele poderá correr novamente, voar, viver... Sonhar.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ensaio com lobos


    Acordo e me vejo numa clareira de uma floresta estranha e escura como breu. Espero meus olhos se acostumarem com a escuridão para poder ver melhor, temendo de medo. Quando finalmente posso enxergar algo olho redor, aquele lugar era desconhecido para mim. Grandes árvores compunham a floresta e não era possível ouvir nenhum ruído. Tocando o chão e o examinando percebo que o solo é negro e úmido, no fim das contas o local não me era tão estranho, porém eu não sabia dizer de onde o conhecia.
    Levanto-me e começo a andar floresta adentro, ouço um galho quebrar próximo a mim e sinto como se muitos olhos me observassem, uma sensação terrível realmente. Começo a andar lentamente olhando para os lados, esperando ver alguma coisa, de repente vejo atrás de alguns arbustos olhos amarelos e penetrantes. Começo a correr insanamente e vejo que eram olhos de lobos, seis lobos e um deles era estupidamente grande, talvez em pé fosse maior que um homem de porte.
    Tropeço em alguma coisa, quando vejo era uma espada. Eu a pego e a empunho com as duas mãos, eu não podia imaginar de onde vinha aquilo, mas agradeci por ela está ali. Rapidamente eles me alcançaram e me cercaram, mantendo uma distancia razoável de mim o suficiente para dá impulso para pular sobre mim. Um que estava ao lado do maior avança sobre mim, por um reflexo e precisão desconhecidos, acertei o pescoço dele, decepando-lhe a cabeça. Mas logo depois fui mordido no tornozelo, isso me fez cair de quadro no chão. Quando levantei a cabeça percebi que estavam mais próximos e o grande lobo pulou sobre mim, nesse momento coloquei o braço na frente de rosto, ele mordeu o meu antebraço com violência e ferocidade.
    De trás das arvores saem homens armados com rifles e começam a atirar contra os lobos, alguns conseguiam, mas o líder da manada foi alvejado e morto, assim como outros. Percebi que se não fosse por aqueles homens eu estaria morto no lugar dos lobos. Nesse momento acordo na minha cama, suado e ofegante, sento-me e penso sobre aquele sonho misterioso, após alguns momentos tudo faz sentido para mim. Volto a me deixar com a cabeça no travesseiro, porém não durmo apenas caiu em profundo pensamento do que aquilo realmente significa, cada detalhe, cada suspiro de esperança.

sábado, 7 de maio de 2011

O Rei


    Estou perdido e preso em meu próprio infortúnio, mas não posso me arrepender de minhas ações, já que são todas justificadas por mim mesmo que estou sobre todas as coisas, exceto Deus, pois sou rei não por minha vontade ou de outro, mas apenas dele.
   Eu sou o estado e assim deve ser não me ajoelharei e nem baixarei a cabeça para alguém, não ser que seja o meu senhor. Porém sei que vivo em um castelo de mentira e mentiras, pois estou cercado de caluniadores que ousam questionar meu poder e minhas decisões.
    Mas se eles estiverem certos e eu tiver pecado contra os princípios e idéias de meu Deus? Não serei eu apenas mais uma vitima de falsas verdades, como meus antepassados e os que ainda estão por vir? Mas enquanto não me provarem o oposto, que na realidade estou vivendo em uma mentira, não questionarei a vontade divina de me tornar um rei absoluto.